CANTINHOS DE ESTUDO | Reflexões Educacionais
Educação Infantil
Histórias podem ser contadas de várias formas e cada uma ativa um aspecto diferente nas crianças
Por Toda Criança Pode Aprender
Vocês já pararam para pensar que existem diversas maneiras de se apresentar às crianças uma história? Contá-la por meio da oralidade tem a mesma função da leitura de um livro, por exemplo? E ele ter ilustrações altera o valor ou a qualidade do texto? O que muda com essas formas particulares de se fazer uma narrativa?
Há muitas formas de se envolver numa
contação de histórias e cada uma delas tem o seu valor educativo, algo que
merece ser reconhecido em sua dimensão artística e cultural. Quando as
narrativas são recolhidas da transmissão oral, evoca-se a memória do contador,
que faz uma atualização do conteúdo de uma obra clássica, por exemplo,
atribuindo uma nova “cara” a ela, conforme preserva sua mensagem pessoal à
apresentação da história.
Já quando ela é inventada, o narrador
poderá desfrutar de toda a sua liberdade criativa para cativar o ouvinte e ser
invadido por ideias e pensamentos que surgem no “aqui e agora” do encontro.
A apresentação de uma história pode
ainda ser sustentada pelos livros, com ou sem figuras ilustrativas. Quando
fazemos uma leitura sem imagens, além da entonação de voz e da ênfase que damos
aos detalhes, convidamos o ouvinte a imaginar todo aquele cenário e os
personagens presentes no enredo, alimentando a fantasia e as expectativas que
se pode fomentar a partir desse registro compartilhado.
As relações com o texto podem ser muito
ricas e distintas umas das outras, visto que cada indivíduo é tocado e
impulsionado a viver determinadas situações de acordo com sua história de vida
e com aquilo que o mobiliza.
Dada a inserção das ilustrações, qualidades de uma
nova ordem surgem em parceria com essas histórias. Elas chamam atenção,
encantam e dão forma ao entendimento daquilo que se ouve através do olhar de
uma terceira pessoa que interpretou todo esse emaranhado de informações.
Não se
pode dizer que sejam apenas apêndices do conteúdo escrito na narrativa, pois
conferem, na maioria das vezes, elementos de enlace e fascínio à trama. Outra
função pode ser revelada pelas imagens quando estas se isolam das palavras,
convocando os leitores a produzir sentidos pelos recursos visuais que os levam
a idealizar uma possível temática para aquilo que está sendo representado.
Um famoso quadro do programa Ra-tim-bum,
transmitido nos anos 90 pela TV Cultura, trouxe uma produção teatral inovadora
e muito interessante à contação de histórias, onde a narradora manuseava
objetos que se poderia facilmente encontrar em casa, dando-lhe outra função
representativa. Confira aqui:
Cada uma dessas formas tem sua
relevância e nos dá ferramentas para que se sonhe junto ao ouvinte. Que tal
brincarmos com essas técnicas criando novos estilos para dividir uma história
com alguém? Comece uma narrativa e peça para uma criança dar continuidade a
ela. Ou então sugira que os pequenos façam ilustrações para determinados
recortes de uma história e veja como eles pensaram as situações expostas ou que
aspectos foram mais marcantes para cada uma dessas pessoas e suas consequentes
produções.
Fonte: Agência Brasil - EBC
Comentários
Postar um comentário